«Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio»Vergílio Ferreira, Pensar
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Acerca de mim
- Luis V.
- Uma espécie de teia de aranha. Suspenso do indizível que se estende desde o abismo que habita o mais profundo de nós. Meticulosamente tecida numa procura e num esforço de transparência e lucidez constante, para que nenhuma malha frouxa deixe escapar a verdade daquilo que sou. Procuro o ser num sorriso que o mundo me devolve em face contemplativa e introspectiva. Sondo o céu nocturno e grito em silêncio um profundo obrigado, a quem me parece sorrir do lado oculto da Lua, e a todas as constelações que me acendem o céu, a todas aquelas estrelas irmãs que me são e sentem tal como as sou e sinto, à minha mãe, estrela-forja donde emergiu tudo o que faço e sou, da sua luz emanam memórias de uma infância maravilhosa, rica de experiências, brincadeiras, conversas e sorrisos. Está aí o fundamento de todo o carácter, de toda a ética, de toda a utopia, a vontade de perseguir os ideais que nos elevam aos astros, também à deriva por esse céu encontro a estrela-Laura, cuja luz me atingiu na adolescência, momentos em que decidi que ocuparíamos o mesmo lugar no céu, e acima de tudo, à minha filha Beatriz, Estrela Polar, ponto de referência a partir do qual tudo o resto se guarnece de Sentido.
2 comentários:
Klimt foi a melhor das opções para ilustrar a mensagem do Vergílio! A beleza hippie que desenha no lado da luz é quase ensombrada com a representação da morte… (mas concordo que podemos fazer este esforço perceptivo de usar a sombra apenas para vermos melhor a luz)
Sem dúvida e, deixando o aspecto perceptivo e passando a um registo metafórico...é só na e a partir da sombra que faz sentido a luz...como aquilo que a entrecorta, a matiza...só na sombra e pela sombra, a Luz se torna dádiva ou Excesso...
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