sexta-feira, setembro 22, 2006

Luz Solar



nas paredes, esse branco matizado por uma luz solar intensa
e eu aqui, trancado neste vidro fosco, nebelina de madrugada desabrochar.
paisagem distorcida pelo tecer da chuva que arde por dentro da pele,
lagrimas à flor da estrada, um sorriso esmagado de absoluto.
sanguessugas roendo as entranhas,
sinto o ar coagular à minha volta,
o mundo petrificar em redor,
geada que atrofia o movimento,
os músculos presos por entre lâminas que me dissecam vivo.
acordo e encontro-me enrolado dentro desta teia,
para não mais sentir que a luz das estrelas é o prémio q mais cedo ou mais tarde irei reclamar...
Luis V.

5 comentários:

Anónimo disse...

A tecitura da teia...na sua aparente fragilidade ela é meticulosamente arquitectada...cada finíssimo fio ancora-se num outro em particular e este num outro e assim sucessivamente...a aparente fragiladade constrasta com a firmeza do plano, a simetria dos fios, o rigor de cada direcção...
e ela lá está...oculta...à espera de algum ser desprevenido...mortal...definitiva...fim de linha...fascinante, tanto como quem a tece... a luz das estrelas é apenas uma presa da teia bem tecida....é o objectivo.

Anónimo disse...

Nada "perdido"...muiti pelo contrário...

Anónimo disse...

" A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro."
Platão

Óscar...
Envio-te aquelas energias...
como sempre, porque tenho-te sempre por perto.
Que elas cheguem a ti quando estiveres mais fraquinho, e que te ajudem a voar até ás estrelas que te hão-de abraçar e aconchegar por mim.

Anónimo disse...

setor ta fixe

Anónimo disse...

e o anser